
Bastidores da Política
8 desistem e nono suplente do PT assume como vereador na câmara de Xanxerê
A manchete, assim lida de maneira objetiva, logo remete ao pensamento de que eles desistiram simplesmente por não quererem ser vereadores em Xanxerê.
Claro que na realidade não é isso que ocorre, pois temos, neste caso, um exemplo do que a lei permite e que a maioria dos partidos utilizam deste artificio para, em épocas de campanha, convencer mais gente a ser candidato.
O “compromisso” do chamado rodízio motiva a chamada chapa cheia, pois recebem a garantia de que mesmo com poucos votos, vão ser VEREADORES por pelo menos UM MÊS. Normalmente, todas as chapas tem os chamados favoritos, o que em tese desmotiva os demais. Neste caso, o PT de Xanxerê cumpre à risca o combinado. Com isso os DOIS ELEITOS pelo partido, são obrigados anualmente abrirem espaços para que todos os suplentes possam assumir.
A situação mais recente ocorreu nesta semana, quando o vereador SIDÃO pediu licença pelo período de um mês para tratar de assuntos particulares, abrindo vaga para suplentes assumirem. Como todos os 8 primeiros suplentes abriram mão, chegou a vez da DANTIELE GASPERINI, que na eleição de 2020 recebeu 58 votos, ou seja 0,23% de todos os votos válidos, menos de 10% dos 796 votos recebido pelo vereador mais votado do PT, Professor Alessandro. No caso do PT, que teve 12 candidatos na última eleição, falta apenas o 10 e último suplente assumir, sendo ele, Zeno Moraes, que recebeu 35 votos.
E detalhe, não tem nada de errado nisso. A legislação permite e os partidos utilizam esta opção.
Os suplentes agradecem.